São Paulo é uma cidade de contrastes, o que vale também para o clima.
Enquanto alguns bairros registram temperaturas mais amenas graças à presença de áreas verdes e ocupação menos densa, outros enfrentam calor mais intenso, especialmente durante ondas de calor e períodos de baixa umidade.
Esse fenômeno está diretamente ligado ao modo como cada região foi urbanizada, à quantidade de superfícies impermeáveis e ao quanto o verde conseguiu (ou não) acompanhar o avanço das construções.
Com base em estudos recentes, é possível identificar quais bairros da capital acumulam mais calor e entender por que isso acontece.
Conhecer essas diferenças ajuda quem vive, trabalha ou está em busca de um imóvel na cidade a tomar decisões mais conscientes, equilibrando localização, conforto térmico e qualidade de vida.
Com base em análises climáticas da Região Metropolitana, alguns bairros aparecem com maior intensidade de ilha de calor urbana.
Abaixo, reunimos cinco nomes que costumam se destacar nesse grupo mais quente.
O Tucuruvi aparece entre os bairros com maior intensidade de ilha de calor devido ao seu perfil urbano consolidado.
Ao longo das últimas décadas, a região passou por forte adensamento residencial, com verticalização contínua e crescente impermeabilização do solo.
Essa combinação reduz a circulação de vento e aumenta a capacidade das superfícies de reter calor, especialmente em vias amplas, pavimentadas e com poucas áreas verdes no entorno.
Além disso, a alta concentração de comércio e serviços nas principais avenidas contribui para ampliar o aquecimento local, criando microclimas mais secos e quentes em comparação a áreas periurbanas da cidade.
A Mooca é um dos bairros emblemáticos da urbanização paulistana: antiga, densa, vibrante e marcada pela presença histórica de galpões, indústrias e grandes quadras pavimentadas.
Embora tenha passado por modernização e revitalizações, o bairro ainda carrega características físicas que favorecem o aumento de temperatura, como vastas superfícies de concreto e baixa proporção de vegetação nativa.
A Freguesia do Ó integra o cluster de maior intensidade de calor urbano por apresentar características típicas de zonas altamente urbanizadas: densidade habitacional crescente, malha viária extensa, circulação intensa de veículos e uma arborização ainda insuficiente para compensar o aquecimento provocado pela construção civil.
Mesmo sendo um bairro tradicional, com ruas residenciais e vida comunitária marcada, o avanço da verticalização e a redução de áreas permeáveis fazem com que o microclima local reaja rapidamente às ondas de calor e períodos de baixa umidade, especialmente na primavera e no inverno, como observado pelos pesquisadores.
O Jabaquara se destaca no estudo como parte do agrupamento mais quente da metrópole em função do seu padrão de ocupação contínua e intensiva.
Localizado em uma região estratégica para mobilidade (próximo ao Aeroporto de Congonhas e a corredores importantes) o bairro acumula tráfego elevado, construções adensadas e áreas pavimentadas que limitam a evapotranspiração e favorecem o acúmulo de calor.
A presença relativamente pequena de grandes manchas verdes faz com que o bairro responda de maneira mais sensível às oscilações climáticas, tornando-se um exemplo claro de como o uso do solo influencia o conforto térmico urbano.

A Vila Mariana, embora arborizada em algumas partes, foi identificada no estudo como integrante do cluster mais quente por conta do seu perfil intensamente urbano e multifuncional.
Trata-se de um bairro que reúne universidades, hospitais, polos gastronômicos, áreas residenciais verticalizadas e um fluxo contínuo de pessoas e veículos.
Esse amplitude de usos cria um ambiente que funciona como um “acumulador de calor”, onde o concreto se sobrepõe ao verde, reduzindo a umidade e aumentando a temperatura média local.
A sua posição central e conectividade viária também contribuem para reforçar o efeito de ilha de calor.
De acordo com o estudo publicado pelo Jornal da USP, os bairros mais quentes da capital têm características em comum: alta urbanização, densidade construtiva elevada, poucas áreas permeáveis e menor presença de vegetação.
Esses elementos formam um ambiente físico que retém calor durante o dia, liberando-o gradualmente à noite, exatamente o mecanismo que intensifica a Ilha de Calor Urbano (ICU).
Os pesquisadores analisaram dados meteorológicos de 30 estações do CGE entre 2009 e 2019 e usaram o algoritmo K-means para agrupar regiões com comportamentos climáticos semelhantes.
O resultado mostrou que bairros muito construídos, como Tucuruvi, Mooca, Freguesia do Ó, Jabaquara e Vila Mariana, apresentam temperaturas médias mais altas e menor umidade quando comparados a regiões periurbanas, como Capela do Socorro ou Riacho Grande.
Segundo o estudo, a diferença entre esses agrupamentos pode chegar a 4°C, um impacto significativo no cotidiano, especialmente durante ondas de calor, quando a baixa arborização reduz a capacidade natural de resfriamento por evapotranspiração.
Ou seja, o estudo mostrou que quanto mais concreto, menos sombra e menos vegetação, maior a temperatura média do bairro.
O conforto térmico é um fator que pode influenciar sua rotina, seu bem-estar e até os gastos com energia. Algumas características ajudam a amenizar os efeitos da ilha de calor urbana e tornam o dia a dia mais agradável, especialmente em bairros mais adensados.
Entenda melhor:
Ruas arborizadas, praças e parques no entorno contribuem para reduzir a temperatura local por evapotranspiração e sombreamento natural. Mesmo pequenas áreas verdes no quarteirão já melhoram a sensação térmica.
Ambientes com janelas em paredes opostas permitem a circulação natural do ar, renovando o interior do imóvel sem depender de ar-condicionado ou ventiladores. Isso é especialmente valioso em apartamentos.
Unidades voltadas para o leste tendem a ser mais frescas à tarde, enquanto as fachadas oeste acumulam mais calor. Entender como o sol incide no imóvel ajuda a prever o comportamento térmico ao longo do dia.
Paredes espessas, esquadrias de qualidade e isolamento térmico no telhado fazem muita diferença em casas e coberturas. Edifícios mais novos também tendem a ter soluções construtivas que minimizem o aquecimento interno.
Regiões com muitas superfícies impermeáveis, tráfego intenso e grandes avenidas refletem e retêm mais calor. Já ruas residenciais, com menor densidade comercial, costumam oferecer sensação térmica mais equilibrada.
A Zimmermann Imóveis conhece profundamente os bairros de São Paulo e entende como cada região se comporta em termos de conforto térmico, estilo de vida, mobilidade e serviços.
Com atuação desde 1994 e equipes especializadas por zona da cidade, oferecemos uma curadoria real de bairros, ajudando você a avaliar não apenas o imóvel, mas o contexto urbano que influencia sua qualidade de vida.
Seja para buscar regiões mais arborizadas, ruas mais tranquilas ou bairros com infraestrutura consolidada, com a Zimmermann Imóveis você conta com orientação completa em todas as etapas da compra.
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Ainda com dúvidas sobre os bairros mais quentes de SP? A seguir, respostas objetivas para dúvidas comuns sobre calor na capital. Confira:
Segundo o estudo divulgado pelo Jornal da USP, bairros como Tucuruvi, Mooca, Freguesia do Ó e Jabaquara aparecem com maior intensidade de ilha de calor urbana.
Não existe um único ponto fixo “campeão” em todos os dias do ano, mas o estudo indica um grupo de bairros urbanos com maior intensidade de calor, associados a alta urbanização e pouca área verde.
Em São Paulo, o clima tem variação sazonal. O que tende a persistir ao longo do tempo é o efeito de ilha de calor em áreas com menos vegetação e maior adensamento urbano.
A sensação térmica dos bairros de São Paulo é resultado direto da relação entre urbanização, arborização e infraestrutura.
Tudo isso influencia muito a experiência de viver na cidade. Entender esses fatores ajuda você a tomar uma decisão mais consciente ao escolher seu próximo endereço.
Com a consultoria da Zimmermann Imóveis, você avalia cada região com clareza, compara oportunidades e encontra um imóvel que alia bem-estar, praticidade e valorização.

Renato Zimmermann possui uma carreira de mais de 30 anos no setor imobiliário. Sua jornada como corretor de imóveis começou em 1980 (CRECI 35494F) e desde então foi conquistando espaço e confiança do setor. Hoje, é uma figura de destaque no mercado imobiliário de São Paulo. Reconhecido como um grande conhecedor do mercado, Renato tem como um dos principais prazeres de vida o compartilhamento da sua visão sobre as tendências e oportunidades do setor. Sua sólida experiência no mercado imobiliário permite-o a ter as bases necessárias para inovar com responsabilidade e visão estratégica.
Fundador e CEO da Zimmermann Imóveis, é seu profundo conhecimento e eterno aprendizado que o capacita a acompanhar e gerenciar diretamente todas as estratégias de negócios da imobiliária que é uma das referências em vendas em São Paulo.
Além disso, outro ponto em que é reconhecido é de sua ética, considerada inabalável. Não é raro ouvir sobre a firmeza da sua conduta. Não por acaso, ao longo de todos esses anos, mesmo como investidor, nunca tenha ocorrido conflito de interesses com corretores parceiros do mercado. Essa integridade, juntamente com conhecimento e visão estratégica, preserva e mantém seu nome como uma das grandes referências do mercado imobiliário paulistano. Sua vasta experiência abrange não apenas a avaliação e negociações, mas também aspectos jurídicos do direito imobiliário. Com um enfoque nas regiões da zona Oeste e sul da cidade de São Paulo, Renato Zimmermann é reconhecido tanto por sua competência em vendas, quanto por seu comprometimento com a satisfação e sucesso de seus clientes e parceiros.
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